Poemas

Nordeste
Venha cá para eu te contar o que está acontecendo
Seca , Desertificação é o que está havendo
E é o Nordeste que está sofrendo

E então o que devemos fazer?
E se ficarmos parados o que irá acontecer?
O Nordeste virar deserto?
Tudo se perder?

Logo o Nordeste
Que sempre é trabalhador
Ninguém aguenta tanta dor!

Povo que luta
Apesar de todo sofrimento
E de todo lamento
Não deixa de ser feliz

Perder nosso resto de solo que temos
Com o que trabalharemos?
E o que fazemos?
Nós fugiremos?

Vamos ajudar,plantar e conservar
Pois magnifico é esse lugar!                                         

 Luis Miguel G. Ramos



Goiabeira 



Simbologia que domina a mente dos habitantes
E que perpassa a todo instante
Lugar alegre, civilizado, otimista,
Sonha com progresso, sucesso e prosperidade

Vida longa, mais de 50 anos
Vários sonhos foram vislumbrados
Idealizados, sonhados
Grandes são aqueles que te erguem e até ontem
Te sustentaram

São nomes e homens que sabiam da impossibilidade de a verem
Crescida, prospera, amada e almejada, mas, acreditavam no teu sucesso.
Hoje são netos e bisneto que te erguem.
São estudantes, trabalhadores e amantes que alguns mesmo distantes te
amam.


Hoje Goiabeira, tu és linda , rosada e frutífera
Então se estais viva Goiabeira, Viva!
Viva! Viva Goiabeira e cresça!


Escola Estadual João Carneiro


Nossa escola tem cultura
Educação e acolhida
Nela tenho muitos amigos
Daqui e fora da vila

Nossa escola é João Carneiro
Homenagem a um cidadão daqui
Que sempre ajudou no progresso
Deixou sua marca aos que ficaram aqui

Nossa escola tem primores
Não encontramos em outro lugar
Nossas raízes nosso progresso
Manifestado em nosso educar

Nos permita Deus que vejamos
Essa escola sempre a crescer e evoluir
Viva a Escola João Carneiro
Viva a educação em nosso existir
                                 
                                   Valéria 

O meu sertão agradece
As chuvas que Deus mandar
.

O nordeste está sofrendo
Seco sem água e sem planta
O campina já nem canta
O gado não está comendo
As plantas estão morrendo
Dá vontade de chorar
Só deus pra nos ajudar
E ouvir a nossa prece
O meu sertão agradece
As chuvas que deus mandar.

A terra fica doente
Fica a vida ameaçada
Gado morto na estrada
Chega dá pena na gente
O sertanejo carente
Vê a seca arrochar
Quem come do que plantar
Baixa a cabeça e faz prece
O meu sertão agradece
As chuvas que deus mandar.

Quem só vive do roçado
É triste a situação
Se não plantar não tem pão
Pra dar ao filho coitado
O cabra fica apertado
Vendo seu filho chorar
Sem nada ter pra lhe dar
O sertanejo padece
O meu sertão agradece
As chuvas que deus mandar.

Porém a seca obriga
O camponês apelar
Resolve então viajar
Pra se salvar ele briga
Sua família ele abriga
Bem longe do seu lugar
Mas se a chuva voltar
Diz ele à família a prece
O meu sertão agradece
As chuvas que deus mandar.

Mesmo estando na cidade
Quando escuta alguém dizer
Que já começou chover
Lhe bate logo a vontade
Já lhe aumenta a saudade
E resolve então voltar
Pensando logo em plantar
Diz deus ouviu minha prece
O meu sertão agradece
As chuvas que deus mandar.

Vem na primeira viagem
Era o que ele mais queria
A família com alegria
Ele cheio de coragem
Chega e ver outra paisagem
A asa branca a cantar
O verde, o gado a pastar
Com água tudo enriquece
O meu sertão agradece
As chuvas que deus mandar.

Ver os rios transbordando
A mata verde e frondosa
Ho! Que paisagem mimosa
O gado gordo pastando
A passarada cantando
O milho a pendoar
Já tem feijão pra apanhar
O sertanejo envaidece
O meu sertão agradece
As chuvas que deus mandar.

É esta a maior riqueza
Que se vê no meu sertão
Pois a maior ambição
Não é jóia e nem nobreza
Apenas que a natureza
Viva pra nos ajudar
Que deus possa abençoar
E da gente não se esqueça
Pra que o sertão agradeça
A chuva que deus mandar.

                              Francisco Rariosvaldo de Oliveira




Triste Sertão

Adeus meu nobre sertão,
Trarei na face tuas marcas eternas,
Que escreves ao sol em almas sinceras,
Que se dispersam no mundo por judiação.


Deixo o sertão,
Mas hei guardar saudade,
Do meu pequeno sítio ou da cidade,
Lugar que plantei o meu coração.


Deste chão sem água,
Do gado magro da sorte ingrata,
Do mato seco e das velhas casas,
De terras abandonadas por tantas magoas.


Terra que se vê na televisão,
Desse Nordeste que nos entristece,
Torna-se notícia quando nada floresce,
E homens exauridos por lutar em vão.

Sertão árduo, seco, sofrido e inculto,
Homens guerreiros não hão de aqui viver,
No sonho de trabalhar e da terra sobreviver,
No lugar que manda o político corrupto.


Da politicagem surgiu a fome do sertão,
Pois a sobrevivência nessa região,
Só depende das chuvas,
As autoridades imergem na corrupção,
O sertanejo padece com suas rugas.






             Sou do Sertão



Não tenho mais pranto
Meus rios secaram todos
Meu rosto é espelho desse chão
Rasgado por sulcos profundos
Sou do sertão
Levo a vida “severina”
Que se pode levar
Aqui, até meus olhos de estio
Queimam de desilusão
Nas minhas veias
Rios pouco perenes
Ainda correm resolutas
Doses de um sangue
De cor sem força
Mais suficientemente forte
Para não me deixar abater
Nordestino por falta de opção
Aprendi a amar esse chão
Com todas as dores que ele tem pra me oferecer
Olhando daqui vejo galhos secos, cinzentos
Parecem raízes alheias ao vento
Que sopra trazendo rarefeita ilusão
E vou vivendo e morrendo
E a cada dia é um passo que dou
Em direção a minha última alegria
A união definitiva com meu chão